Qual a importância do teste da orelhinha

A triagem auditiva neonatal ou o teste da orelhinha possibilita a identificação precoce de possíveis alterações na capacidade auditiva do bebê, que podem interferir no processo de desenvolvimento da fala e lingugem.

É um exame fisiológico que avalia a orelha interna, mais especificamente as células ciliadas externas da cóclea.

A triagem auditiva passou a ser obrigatória em 2010, pela Lei Federal nº 12.303/2010.

Dúvidas frequentes sobre o teste da orelhinha:

Meu bebê reage para sons fortes. Mesmo assim preciso fazer o teste?

Reagir aos sons fortes é uma das reações esperadas, mas não garante que ele esteja sensível para sons suaves, fundamentais para o aprendizado da fala.

Porque é tão importante detectar o problema auditivo o quanto antes?

Hoje sabemos que a surdez deve ser detectada ao nascimento e tratada até no máximo 6 meses de idade, pois esse é o período ideal para o inicio do desenvolvimento da fala e linguagem. O bebê já pode usar aparelhos auditivos, receber estimulação adequada e se necessário realizar tratamento cirúrgico por meio de implante coclear.

Se o meu bebê é saudável, por que devo fazer o teste da orelhinha?

O fato é que qualquer criança pode nascer com alteração auditiva. Casais ouvintes podem gerar bebês com deficiência auditiva, devido a uma alteração no gene responsável pelo funcionamento do ouvido. A metade das crianças surdas nasce em família de ouvintes.

Como é o teste da orelhinha?

Rápido, simples e indolor, o teste da orelhinha denominado Emissões Otoacústicas, avalia a reação de células auditivas externas da cóclea em resposta aos estímulos suaves, por meio da sonda introduzida no ouvido do bebê. Demora de 5 a 10 minutos e é feito pelo fonoaudiólogo no berçário durante o sono natural do bebê. Não tem como objetivo quantificar a perda auditiva, apenas detectá-la.

O problema auditivo é frequente?

Os números apontam para uma incidência que merece atenção: 3 para cada 1000 recém-nascidos apresentam algum tipo de perda auditiva. Para se ter uma ideia, é um índice muito superior quando comparado a deficiência diagnosticada, por exemplo, pelo teste do pezinho: 1 alteração para cada 14000 nascimentos.

6. E se deu alterado? O que fazer?

O resultado alterado neste exame pode ser: interferência do ruído ambiental ou do bebê, presença de secreção no conduto auditivo externo ou em orelha média (o que é muito comum) ou sim alguma alteração de orelha interna. Neste caso, o reteste é realizado em 15 dias.

Caso a alteração permaneça no reteste, o bebê é encaminhado ao Otorrinolaringologista, realizando uma avaliação otológica e audiológica completa para fechar o diagnóstico.

7. E se der normal?

Mesmo passando no teste, alguns bebês precisam ser monitorados e repetir alguns testes durante alguns anos, pois existem alguns fatores de risco para deficiência auditiva que são progressivos, como por exemplo permanência na UTI neonatal, prematuridade, baixo peso, hiperbilirrubinemia, antecedentes familiares, infecções ao nascimento (sífilis, toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus), uso de alguns antibióticos, entre outras.

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